O catequista convida alguns voluntários a participar nesta dinâmica. Chama o primeiro. Este, diante de todos os colegas, deverá escolher quatro ou cinco em quem possa confiar.
O catequista deverá fechar os olhos do voluntário com um lenço negro. Convidará os amigos do voluntário a colocarem-se atrás dele, prontos a ampararem-no para que ele não caia no chão e nada de mal lhe aconteça.
Finalmente, o catequista manda que ele se deixe cair confiadamente para trás como um peso morto. E eis que ele cai e é amparado.
No final, perguntará ao voluntário:
- Que sentiste no momento em que te lançavas para trás?
- Tiveste dificuldade em confiar totalmente?
A mesma dinâmica pode ser utilizada com outros voluntários.
* PALAVRAS CRUZADAS
Pode recorrer-se a palavras cruzadas já feitas e disponíveis no catecismo ou em outros subsídios.
Pode todavia fazer-se de modo mais activo: o catequista afixa uma folha de papel. Em seguida convida os membros do grupo a ir, um de cada vez, escrever uma palavra que signifique para ele uma coisa importante. Recomenda-se a utilização da técnica das palavras cruzadas.
Assim, irão ficando palavras em vertical e palavras na horizontal, unidas por uma letra comum. O exercício termina quando a folha estiver cheia.
Uma variante desta pode ser: o catequista escreve, numa folha de papel, uma palavra em torno da qual quer iniciar ou propor a reflexão. Convidam-se então os adolescentes a escrever palavras que estejam estritamente ligadas com o assunto e tenham uma das letras da palavra inicial, de forma a formarem-se palavras cruzadas.
O termo palavras cruzadas apresente por vezes algumas variantes designadas de anagrama, crucigrama, sopa de letras, fuga de vogais, blocos soltos, salto de cavalo...
* SONHO DE FELICIDADE / DESEJOS
Vivemos num mundo onde há tanto egoísmo, tanta maldade: o individualismo selvagem, a indiferença ante os que vivem na miséria, a luta pelos primeiros lugares, a marginalização dos fracos, a desconfiança, a violência de todo o género, a poluição da natureza, a negação de Deus... Esta é a triste realidade.
Mas, dentro do coração de cada pessoa, esconde-se uma ânsia que ninguém pode eliminar: o desejo de um mundo onde todos vivam felizes, em fraternidade e em paz com Deus.
Em poucas linhas, cada qual escreverá um pequeno texto que expresse este sonho de felicidade total. Poderá optar-se por um desenho simbólico, palavras cruzadas, um breve poema, etc.
No final, pôr-se-ão em comum as suas expressões.
Esta dinâmica pode ter a variante dos desejos. Trata-se de distribuir papéis onde cada adolescente escreve o seu pedido-desejo. Recolhem-se depois os desejos e, ou discutem-se, ou queimam-se ou partilham-se...
* GALÁXIA
Individualmente escrevem no primeiro círculo os nomes dos “ mais amigos”; no segundo, os que não são tão amigos, e, no terceiro os que não são amigo... Será a Galáxia da amizade.
Também poderá ser feita doutra forma : um dos elementos do grupo coloca-se no meio da sala, enquanto os outros estão em círculo à sua volta. O educador diz: o “F” é o sol ! Nós somos os astros... Vamos olhar o sol ( que é o !F” ) e vamos colocar-nos à volta do sol à distância que nos parece a melhor, a razoável... sempre olhando o sol... Em silêncio, cada um vai avançando ou retrocedendo. Depois de todos colocados no devido lugar será feita a leitura: aqueles que se colocaram mais perto do sol (que é o “F” são os que lhe estão mais ligados afectivamente. Etc. ( IVª e Vª Fases)
* JOGO DAS QUALIDADES
Estas folhas circularão obrigatoriamente por todos, num ambiente de silêncio. Cada qual deverá escrever uma qualidade que vê nesse companheiro ou companheira. Se tiver dificuldade em encontrar essa qualidade poderá sublinhar alguma das qualidades já escrita por outra pessoa.
O importante, nesta dinâmica, é que cada qual tenha apenas um olhar positivo e veja apenas qualidades positivas.
Fundo musical, enquanto as folhas vão passando de mão em mão.
O jogo termina quando cada adolescente tiver a sua folha nas mãos. Deverá ler o que nela está escrito.
Poderá, no final, dialogar-se sobre o seguinte: - Que sentiste ao ler o que escreveram de ti? - Encontraste alguma qualidade em que não tinhas nunca pensado? - Tiveste dificuldade em encontrar as qualidades dos colegas?
* OLHOS VENDADOS
Os cegos procuram caminhar saltando obstáculos... por determinado período de tempo. No final, um breve diálogo a partir das seguintes questões:
- Vós, de olhos vendados, como vos sentistes? Tives-tes medo? Porquê? De quê? Que achais da situação dos cegos?
- Vós, os observadores, que anotações tomastes?
Num segundo momento, a cada um desses "cegos" (ou a outros) será dado um guia, saído de entre os observadores. O guia conduzirá o cego por onde quiser. Estabelece-se um determinado período de tempo. No final, novamente um breve diálogo:
- Vós, os de olhos vendados, como vos sentistes nas mãos do guia? Tivestes confiança ou não? Por quê? É preferível um bastão ou um guia? Porquê?
- Vós, guias, como vos sentistes no desempenho do vosso papel? Sentistes que o cego confiava em vós? Deixou-se guiar facilmente?
* SÍMBOLOS
Assim, os símbolos em catequese são importantes por quanto nos permitem de relação.
Um vaso onde foram semeados grãos de trigo, podem dizer-nos ou evocar-nos algo sobre a Páscoa?
* QUEIMAR PAPÉIS
Precisamos de queimar tantas coisas neste tempo pascal.
Queimar egoísmos, para que ressurja o amor. Queimar escravidões, para que nasça a liberdade. Queimar medos, para que nasça o testemunho de vida. Queimar a tristeza, para que nasça a alegria.
Fundo musical enquanto escrevem e dobram os papéis
Os papéis são recolhidos e colocados num recipiente. Em seguida, coloca-se algodão e rega-se com álcool, depois retira-se fogo do círio pascal, que vai queimar esses papéis, enquanto se pode cantar um cântico.
Os papéis ficam em cinzas. No final, vai colocar-se o vaso com o trigo sobre as cinzas.
Colocar esta vida nova a brotar sobre as cinzas mortas simboliza o nosso desejo de que, das cinzas cinzentas da nossa vida, surja uma vida mais pascal, mais feliz em Cristo Ressuscitado.
* CAIXA DE DESEJOS
Divididos por grupos, os adolescentes dirão quais os desejos com que mais se identificam. Poderão inclusive acrescentar outros desejos.
No final, cada grupo põe em comum os seus desejos.
* RECORDAR PALAVRAS
Ao estilo de tempestade de ideias, vão sendo colocadas junto dessas palavras, outras do mesmo campo semântico, isto é, com o mesmo sentido.
* AS ÁGUIAS
Mas em cada um de nós, sentimo-lo todos os dias, há como que uma luta entre o bem e o mal.
É um combate interior que já S. Paulo sentia quando escreveu: «Sabemos que a lei é espiritual.
Mas eu sou eu, ser de carne, vendido ao poder do pecado. Porque não compreendo o que faço: pois não faço aquilo que quero, mas sim aquilo que aborreço...
Sinto prazer na lei de Deus, de acordo com o homem interior. Mas vejo outra lei nos meus membros, a lutar contra a lei da minha razão e a reter-me cativo na lei do pecado, que se encontra nos meus membros» (Rom 7, 14-15, 22-23).
À luz da experiência de Paulo, vamos reflectir sobre a nossa experiência concreta a partir de duas questões:
- As nossas asas nas alturas:
Que fazemos de bom e gostaríamos de melhorar?
- As nossas patas na lama:
Que fazemos de mal e gostaríamos de evitar?
Depois de alguns momentos de reflexão individual, os que desejarem, põem em comum as suas reflexões.
* MURO DAS LAMENTAÇÕES
Vamos também construir o nosso muro de lamentações.
A cada adolescente é entregue uma folha de cartolina e uma esferográfica. Deverão pensar sobre a experiência de sofrimento em si próprio e nos outros. Contar o que sentiu!
E escreverão essa experiência dolorosa numa folha de papel.
No final, cada qual lê a sua experiência e afixa-a no muro.
* PERFIL DO JOVEM FELIZ / PERFIL DO PADRE
No final, cada grupo apresentará, do modo que entender (desenho, gráfico, etc), as suas descobertas.
Hélder M. Gonçalves
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